It Was All for Love | 35° Cap. | notícia nada agradável

Eu tinha dormido ali naquele chão duro e frio sem nem sequer me importar com as várias vezes que minha mãe havia ido ali para me chamar ou todas as vezes que meu celular tocou.
Ouvi minha mãe me chamar, sua voz soava preocupada e ela parecia estar estatizada com alguma coisa. Tirei força de onde eu não tinha e consegui abrir a porta, a mesma foi atravessada pela minha mãe com tal desespero que eu não sabia de onde havia surgido. Sua mão em sua testa e seus passos inquietos de um lado para o outro denunciavam que algo tinha acontecido. Algo grave.

Bianca - Mãe o que foi? Por que a senhora está andando de um lado para o outro? - Perguntei parando em sua frente fazendo-a olhar para mim.
Dona Rose - Eu não sei como lhe falar isso! - Ela disse mais que aparentemente nervosa e voltou a andar de um lado para o outro. - Vai lá pra sala, tem uma pessoa querendo falar com você. - Ela disse cessando seus passos inquietos.
Bianca - Quem?
Dona Rose - Vai lá.



Assenti com a cabeça e desci as escadas com medo do que eu poderia ouvir lá em baixo.

Xx - Você é Bianca né? - Perguntou um rapaz alto e moreno.
Bianca - Sou eu mesma, por que?
Xx - Eu tenho uma notícia nada agradável para te dar.
Bianca - Que notícia é essa? Fala logo pelo amor de Deus! - Disse impaciente e curiosa.
Xx - Eu sou o irmão do Rodrigo, ele me disse que gostava muito de você e uma vez ouvi ele dizer que achava que tinha encontrado a mulher da vida dele, ele realmente gostava você, é você não imagina como isso estava fazendo bem pra ele, as vezes eu passava em frente a porta do quarto dele e ouvia ele fazendo planos para quando se casasse com você - seus olhos que carregavam algumas lágrimas brilharam ao lembrar disso. - Esse é um momento difícil em que não só eu mas toda minha família não queríamos estar passando e menos ainda partilhando com as pessoas que não conhecemos, mas como o Rodrigo gostava muito de você eu me sinto na obrigação de lhe dizer que ele… - Seus olhos deixaram escapar algumas lágrimas que ele nem se preocupou em limpar. - ele se matou.

Como assim? Ele não podia fazer isso!!  Não, de jeito nenhum. Esse é um daqueles momentos que por mais que você queira dizer algo nenhum som sai de sua garganta, por mas que queira se mover parece que seus músculos congelaram.
Meus olhos piscavam freneticamente enquanto meu cérebro processava aquela notícia, aquela trágica notícia. Minha pele estava gélida e pálida, minha expressão sem vida se foi, eu não tinha nenhuma expressão agora.

Bianca - Por quê? - Falei tentando não desabar.
Xx - Eu não sei, umas pessoas que estavam lá por perto disseram que ele simplesmente atirou.
Bianca  - Isso é uma pegadinha né, por favor diz que é, por favor? - Implorei.
Xx - Eu queria que fosse, mas por mais cruel que seja nós temos que encarar a realidade.
Bianca - Não pode ser, não pode ser...- Repeti para mim diversas vezes. Apoiei minha cabeça em minhas mãos e deixei que lágrimas saíssem de seus esconderijos.
Xx - Me desculpa por lhe trazer essa péssima notícia. - Ele limpou algumas lágrimas que tinha deixado escapar.

Não consegui dizer nada, percebi que minha mãe estava ali na sala, ela acompanhou o rapaz até a porta e voltou, sentou-se ao meu lado e afagou meu cabelo,, no momento era a única coisa que ela poderia fazer.
Levantei-me furiosa comigo mesma, fui até a cozinha e peguei uma garrafa d'água na geladeira, minhas mãos estavam trêmulas, coloquei um pouco de água em um copo, bebi metade daquela água e joguei o copo de qualquer maneira na pia, voltei pra sala ainda sem acreditar no que tinha acontecido.
Por mais que ele fizesse coisas erradas eu gostava dele, foi ele que me fez sentir bem quando alguém ou algo me magoava. Ele não podia, em hipótese alguma ter feito isso.
Eu me sinto culpada, de alguma forma eu sou responsável por ele ter se matado, não sou? Pelo que o irmão dele falou ele gostava mesmo de mim e eu… de alguma forma eu sou culpada e ponto!


Passada as horas e aquela dor insuportável que abrangia meu peito não havia sumido. Minha mãe me consolava por tal ato que ela dissera que eu não tive culpa por ter acontecido.
Por que sempre da tudo errado na minha vida?

Dona Rose - Filha você não tem culpa de nada, para com isso.
Bianca - Claro que eu tenho mãe, a gente meio que brigou uns minutos antes de ele atirar, eu ouvi o tiro logo depois que eu saí de lá, eu ouvi, eu ouvi! - Levei minhas mãos até o rosto e o balancei tentando tirar aquele som da cabeça.
Dona Rose - Para com isso, você não tem culpa, eu já falei.
Bianca - PARA DE FALAR ISSO! VOCÊ QUERENDO OU NÃO EU TENHO!

Subi para meu quarto furiosa. Eu tenho culpa e não tem como negar. Tenho e ponto.
Lágrimas que jorravam antes por minha face inundaram meu travesseiro. Meu celular apitou irritantemente em cima do criado-mudo indicando que tinha mensagem nova, por mais triste que eu estivesse peguei o celular para ver a mensagem, era do Justin, e dizia:

—Sempre vou estar ao teu lado.

É incrível como ele sempre me manda uma mensagem reconfortante em todo momento que eu preciso. Sorri, mesmo triste com o acontecido foi bom ler aquelas palavras. Respondi dizendo:

—Você não sabe como ler aquelas palavras me fizeram bem.

Logo ele mandou:

—Quero te ver, mas você está com aquele tal de Rodrigo né.

—Não eu não estou- Escrevi com lágrimas nos olhos. - E nunca mais vou estar…

—Pensei que gostasse dele.

—E eu gosto, mas não é por isso.

—É por que então?

—Não quero falar sobre isso, não assim.

—Posso te ver?

—Não é um momento muito apropriado, mas isso faria eu me sentir melhor.

—Vou mandar o motorista. Você não tem ideia de como eu quero te ver.

— :)

[…]

Nem me preocupei em me arrumar, o carro já estava lá fora me esperando e minha mãe perguntava o por quê que ele estava lá. Apenas disse a ela que qualquer coisa ligava e saí.
O motorista abriu a porta do carro pra mim e eu entrei, encostei minha cabeça no vidro gelado da janela e durante todo o percurso até o hotel fui pensando em tudo que passei con o Rô, tudo bem, eu não conheço ele a tanto tempo assim mas ele marcou minha vida de uma forma que não tem como eu explicar.
Avistei aquele grande hotel ainda de longe, a praia estava lotada hoje, crianças na água, adultos na areia, mulheres se bronzeando e homens jogando vôlei.
Chegamos ao hotel e o motorista abriu a porta para que eu pudesse sair, as vezes acho que eles pensam que a gente não tem mão, porra eu sei abrir uma porta! Saí do carro e fui até a recepção, Justin já tinha avisado que eu iria e eles me deixaram subir dire
Justin fica na cobertura, a melhor suíte, a melhor vista, tudo de melhor, menos o preço que deve ser um absurdo de caro, mas ele tem condições de pagar né...
Cheguei em frente á seu quarto e dei três batidinhas fracas na porta, ele a abriu e logo sua expressão mudou, ele deu um de seus sorrisos lindos,


 aqueles que é impossível não sorrir de volta. Dei um breve sorriso desanimado.
Ele percebeu minha feição triste, logo fez um gesto com a mão indicando que eu entrasse, e assim fiz.

Justin - Tava com tanta saudade de você! - Ele me abraçou forte.
Bianca - Também estava com saudade Jus.
Justin - Você está triste não está?
Bianca - Você me conhece bem.
Justin - O que te deixou tão tristinha? - Ele botou a mão em meu queixo e o levantou, ele fez um biquinho fofo, foi impossível não rir.
Bianca - Bom,  você sabe quem é o Rodrigo né, então, hoje eu descobri umas coisas sobre ele é essas coisas não são muito boas, a gente não chegou a brigar mas... acho que ele não queria que eu descobri-se, pelo menos não agora, e ele…ele se m.ma.m caírem sobre minha face.

Justin ficou paralisado por alguns segundos mas logo se aproximou de mim e me abraçou atou. - Falei deixando minhas lágrimas teimosas caírem por meu rosto.

Justin ficou paralisado por alguns segundos e logo depois me abraçou, ah aquele abraço, aquele abraço reconfortante, que faz você se sentir melhor independente do que esteja acontecendo. Como eu precisava daquele abraço agora.
Seus olhos de mel me  fitavam sem dizer nada, seus lábios rosados e em forma de coração beijaram o topo de minha cabeça. Meu rosto estava enterrado em seu peito e minhas, suas mãos me envolviam , parece que, com intuito de me proteger de algo. Sua camisa já estava encharcada de minhas lágrimas.
Nós estávamos sentados em sua cama, ele beijou o topo de minha cabeça mais uma vez e se levantou. Logo voltou com um copo d'água em suas mãos e me entregou, bebi tudo de uma vez.

Justin - Mas isso tudo aconteceu hoje? - Perguntou- me sentando novamente ao meu lado.
Bianca - Sim. - Disse tentando controlar meu choro.
Justin - Como você ficou sabendo?
Bianca - O irmão dele foi lá em casa e falou, ele disse que o Rodrigo estava virando uma pessoa melhor desde que me conheceu, ele  contou que o Rô falou que gostava de mim de verdade sabe. Disse também que uma vez ele passou em frente ao quarto do Rô e ouviu ele fazendo planos pra quando a gente se casasse...
Justin - Você gostava muito dele não é?
Bianca - Gostava muito. Ele era amigo, irmão, pai… tudo que você precisasse ele seria.
Justin - Eu juro de coração pra você que eu sinto muito pela morte dele. Você sabe que pode contar comigo, pra tudo que você precisar.

O olhei e o abracei, ele se assustou um pouco no início pois eu o abracei brutalmente mas depois correspondeu ao meu abraço.

Eu já não chorava mais, mas pra quê chorar se meu porto seguro estava ali diante de mim.

Aí mesninas não queria que isso acontecesse mas fazer o que né!?

Comentem o que acharam pleease.

Para quem ainda não leu Dreams in belieber pode tratar de ler ok u.u

Beijos de purpurina cheia de swag