People Want to Be Loved - capitulo 15

Primeiro, desculpem por demorar tanto pra postar, é que eu estava muito mal mesmo, mesninas. E obrigada pelos comentários, amo vocês! 

NO ULTIMO CAPITULO:

    Com certeza já estava bem longe da cidade. Abri o porta luvas e vi o cachecol da Clare lá. Fiquei olhando pra ele. Comecei a chorar ainda mais. Quando olhei pra estrada havia um caminhão vindo em minha direção. Essa é a ultima coisa que eu lembro. 

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CLARE ON

    Eu fiquei parada ali, vendo o carro dele ir embora. Senti as lagrimas escorrerem por minhas bochechas, senti uma dor enorme no coração, senti fraqueza nas pernas. Senti que tinha perdido a pessoa mais importante da minha vida, a pessoa que me dava forças pra continuar, a primeira pessoa que eu pensava depois de acordar e antes de dormir. E eu tinha mesmo. O Niall veio ate mim e disse:

    - Oque aconteceu? 

    Juntei as forcas que me restaram e disse:

    - Niall eu...

    - Tudo bem. - ele me interrompeu- Vai pra casa e descansa. 

    Fiz que sim com a cabeça, dei um beijo na bochecha dele e fui andando desolada pra casa. Cheguei e fui direto pro meu quarto. Minha mae, que estava na cozinha, me viu e subiu atras de mim. Sentou na cama, ao meu lado e disse:

    - Precisa de alguma coisa, filha.

    - Que me deixe sozinha mae. 

    E ela saiu do quarto e fechou a porta. Liguei pra Kris, mas ela não atendeu. Levantei da cama e fui ao banheiro, me olhei no espelho e me senti envergonhada, me senti mal, me senti feia. Abri a gaveta e dei de cara com a minha lamina. Olhei pra ela e comecei a lembrar do tempo em que eu me cortava. Eu devia ter uns 14 anos e me cortava muito porque minhas amigas me excluíam de tudo, só porque eu era meio nerd. As populares me chamavam de quatro olhos puxa saco, me cortar era um jeito de descarregar a dor disso. Claro que a lamina também doía, mas passava rápido. E também a dor era menor que a que eu tinha no coração. Pra piorar, foi nessa época que... Nao quero pensar nisso. Aquela altura, o meu rosto estava completamente encharcado. Tranquei a porta, peguei a lamina e comecei a me cortar. Aquilo de certa forma era bom. Aquela dor me fazia esquecer de outras dores. Mas também me lembrava de coisas muito ruins. Comecei a chorar muito. Joguei a gilete no chão e deitei, acabei adormecendo. 

    Acordei devia ser umas 19:00 da noite, com meu celular tocando. Era um número desconhecido. Atendi rápido:

    - Alô? - eu disse, quando atendi.

    - Quem é? - respondeu um homem. 

    - A dona deste celular. Quem fala?

    - É do hospital. Quero informar que o dono deste celular sofreu um acidente muito grave, e que esta no hospital St. Judas. 

     Lagrimas começaram a cair dos meus olhos. Me senti culpada. Se acontecesse alguma coisa me mataria, com certeza. Disse para o homem que já estava indo. Levantei, tomei um banho muito rápido, coloquei qualquer roupa, peguei o carro e fui. 

    Cheguei lá e perguntei para a enfermeira:

    - Cade o Justin, ele esta bem? Cade ele? Eu quero ver ele, agora - meio nervosa

    - Se acalme senhorita. Quem você veio ver?

    - Vim ver a pessoa que veio pra cá agora pouco. Um medico ligou no meu celular.

    - Sim, você é a namorada do Justin, não é?

    Ela devia saber, já que o Justin colocou o nome "Amor" pro meu celular no celular dele.

     - Sou. Como vocês descobriram o nome dele? - eu perguntei, meio confusa

     - Achamos a carteira de motorista no bolso dele. Ele não esta nada bem, mas vocpode vê- lo se quiser...

     Ela me levou ate uma salsinha, onde o Justin estava deitado, com muitos aparelhos em volta dele. 

     Cheguei mais perto e me sentei ao lado dele na maca. Comecei a chorar. Ele estava com muitos machucados no rosto, estava bem roxo. Tinham alguns curativos na testa e nos braços. Olhando pra ele ali, o meu coração doía muito, eu tinha causado aquilo, era tudo culpa minha. As lagrimas vinham cada vez com mais forca e eu me descupava baixinho:

    - Me desculpe, meu amor, me desculpe. Eu te amo, muito, e não suporto ver você aqui. Me desculpa...

    - Esta tudo bem? - perguntou um medico, que pelo jeito, notou o meu estado

    - Sim. Ele vai ficar bem?

    - Bem, ele quebrou alguns ossos e perdeu muito sangue com alguns machucados. Nada de tão grave. O único problema é que ele tem um tipo de sangue muito raro, que é muito difícil de encontrar. 

     - Mas vocês tem esse sangue pra dar pra ele, não tem? 

     - Sim, mas não é o suficiente... - ele disse. 

E agora? Será que alguém vai ter esse sangue? Tomara que sim...

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